Para onde eu olho eu vejo todos escreverem que o mundo mudou. Por onde eu passo, eu ouço as pessoas e empresas falando que o mundo mudou, mas me desculpem, o mundo não mudou!
O mundo está em mudança constante já faz muito tempo, mas existe uma coisa chamada “zona de conforto” que não permite que a maioria das pessoas ou empresas percebam a necessidade da mudança que está acontecendo a anos e continua acontecendo. Essa mudança não para!
Nada está tão bom que não possa melhorar.
É de surpreender que ainda hoje existam preconceitos, que as pessoas não perceberam que vivemos em uma bola juntos, e que essa bola, chamada mundo, só irá se desenvolver se trabalharmos juntos. Que não existe fora dela, tudo que fazemos, produzimos, fica aqui dentro mesmo. Ou seja, todas as nossas ações produzem uma reação em nós mesmos.

Sabe aquele ditado: “Você colhe o que planta?”, cabe bem nessa linha de pensamento.
Normalmente quando isso é dito, ou utilizamos ditados, frases prontas, imaginamos como algo distante da nossa realidade e foi isso que nos trouxe até aqui. Nessa percepção de mudança do mundo abrupta.
Vejamos… Hoje é repetido insistentemente que o mundo está passando por uma grande mudança, que nós precisamos:
- Aprender a construir uma reserva financeira de emergência e diversificar as fontes de renda;
- Entender que as relações trabalhistas tradicionais não se sustentam mais, porque o governo paternalista que vivemos não tem pernas para sustentar a todos ao mesmo tempo;
- Que precisamos de muita criatividade para se reinventar e criar novas possibilidades para viver e se sustentar;
- Entender que precisa de muita empatia para viver em um mundo tão diverso;
- Aprender que precisamos conviver em bando, em comunidade, ou seja, no mínimo, com a nossa família (o que mais me surpreendeu!);
Agora uma pergunta… Sinceramente, tem algo novo nisso?
Não é de agora que precisamos entender de finanças, se não entendemos como usar o dinheiro, ele nos usa. Uma coisa aprendi na marra: “Luciana, se você não sabe administrar o pouco, como quer receber muito e continuar com ele?”. Respondi a mim mesma: “Milagres existem?”.
Se não entendermos que precisamos diversificar as nossas fontes de renda, viveremos para sempre a mercê dos outros. Do nosso chefe, dos nossos clientes, do Governo, … Sob uma constante ameaça do “E se…”.
Livros para começar a entender sobre finanças:
- Como organizar sua vida financeira, por Gustavo Cerbasi
- Me Poupe!: 10 passos para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso, por Nathalia Arcuri
- Do mil ao milhão: Sem cortar o cafezinho, por Thiago Nigro
Para quem trabalha formalmente, a qualquer momento pode ser posto para fora (mesmo concursado – Isso pode gerar polêmica!), e se for autônomo, a qualquer momento o cliente que sempre o contrata pode mudar a decisão, por uma série de fatores, dentre eles mudança de gestão, ele pode ser substituído, ou até mesmo morrer. E você precisa ter os planos B, C, D,…
Tem uma frase fantástica que aprendi há algum tempo, soube que de autoria desconhecida: “Quem tem um não tem nenhum”. Essa pode ser a sua maior inspiração para a diversificação de renda.
Que o brasileiro é um povo criativo todos nós sabemos, mas será que isso só se aplica para a piada e para a sacanagem?
Também não é de hoje que precisamos nos reinventar para chegar onde realmente desejamos chegar. Para realizar os nossos sonhos, algumas vezes é preciso criatividade, ou seja, deixar a imaginação se divertir.

O tempo todo estamos nos levando muito a sério, buscando cumprir metas, que talvez nunca foram planejadas, mas colocadas diante dos acontecimentos da vida.
Agir sob pressão, nos força muitas vezes a agir sob impulso, e isso destrói a nossa criatividade, ou seja, a nossa forma de perceber o mundo.
Já aconteceu de você passar pelo mesmo caminho milhares de vezes e não perceber uma árvore que a anos vem fazendo sobra para você, até que um dia alguém comente?
Um olhar criativo é um olhar presente, que se aproveita dos detalhes, que vive o momento, e que interpreta o momento de várias maneiras, percebendo vários caminhos. Ou seja, você pode utilizar a criatividade para qualquer coisa na sua vida, ou em qualquer momento. Principalmente para se reinventar.
Mas… Como você pode ser criativo, quando a vida está te cobrando o tempo todo para ser forte? Para ser inteligente? Ser o melhor. Se a concorrência com as vidas perfeitas das redes sociais, te mostram o contrário. É muita pressão.
Entender que ninguém é igual a ninguém, que eu não devo comparar o palco de outra pessoa com os meus bastidores, faz com que isso comece a se tornar um pouco mais leve e até mesmo divertido.
Você sabe dizer qual é o seu super poder? Aquele que ninguém tira de você? Que ninguém tem a capacidade de imitar, ou reproduzir?
Ser você mesmo. E é por isso que precisamos entender que vivemos em um mundo de complementos, que o outro pode até parecer melhor do que eu em algo, mas quando entendemos que somos complemento no mundo, começamos a desenvolver a empatia.
Entender o outro e se colocar no lugar dele, não é uma habilidade de um mundo novo.
As maiores demonstrações de ações sustentáveis, são quando fazemos algo que irá beneficiar o outro, ou o mundo, de alguma forma.
Sabe aquele ditado: “… Sem esperar nada em troca?”. Se aplica bem nesse momento.

Vivemos e crescemos em comunidade, onde tudo que eu faço, reflete no outro de alguma forma. Então, para um pouco e pensa na última vez que você contribuiu de alguma maneira, sem esperar nada em troca, qual foi a sua sensação e o reflexo que isso teve?
Agora pensa, quando você agiu em benefício próprio, sem nenhum interesse em quem ou no que a sua decisão iria refletir, o que aconteceu?
De todas as notícias, que venho acompanhando durante o isolamento social, a que mais me surpreendeu, foi a quantidade de separações e famílias brigando por motivos banais, quando foi necessário conviver diariamente.
Isso me deixou profundamente confusa. O objetivo desde sempre não era esse? Ou eu tenho uma visão distorcida sobre isso? Será que o objetivo quando escolhemos conviver e construir uma família é: “Quero viver e construir uma vida com você”. Ou seria: “Quero viver e construir uma vida com você nas horas vagas”.
O desafio das relações humanas não faz parte de um mundo novo. O nosso cérebro é reptiliano, ou seja, somos programados para viver em bandos, em comunidade, com dois objetivos simples: Reprodução e proteção. E isso também não é novo.
Os desafios diários em todas as áreas reclamadas pelo “mundo novo”, sempre existiram, apenas foram aflorados porque fomos obrigados a prestar atenção em alguns detalhes da vida, quando estávamos apenas distraídos.
O PhD em comportamento humano, Dr. Paulo Vieira, diz: “Tudo que a gente foca, expande”. Ou seja, tivemos tempo para focar nas nossas distrações, na nossa essência e escolhas.
Com tudo, no meu ponto de vista, o mundo não mudou, as pessoas mudaram.
Então, cuidado com as suas distrações. E lembre-se, que nada é tão bom, que não possa ser ainda melhor.
Leia mais no nosso blog sobre qual a lente você tem usado sobre o mundo.
Se você é um profissional da economia criativa, responda esse questionário porque irei trazer os conteúdos que você precisa.
O mundo está em constante movimento. Mas envolto em muitas ilusões e mentiras, o que não permite que o menos desavisado perceba que essa competição desenfreada de nossos dias só traz mais transtornos sociais. Precisamos de novos caminhos.